terça-feira, 26 de julho de 2011

A Inveja

Gosto muito de ler, mais ainda de refletir a cerca do que estou lendo.
Ler para mim é uma busca para respostas que estão no infinito de nossa alma. Acredito que diariamente tentamos, de forma incansável, controlar os monstros que habitam em nosso intimo. Ao ler Shakespeare o referencio como o autor que disseca de uma maneira extraordinária a alma humana e quando digo isso falo sobre a parte mais perturbadora de nossa existência, os extremos que fazem de nós anjos ou demônios.
Esses extremos, oscilantes entre o amor e o ódio, são nada mais que os reflexos dos nossos mais básicos instintos os quais controlamos diuturnamente. É fato, o autocontrole faz de nós a imagem mais necessária e adequada aos ambientes de nosso convívio.  
O que faz uma pessoa ignorar sua própria luz e seus próprios caminhos em detrimento da luz e dos caminhos do outro?
Invidere” – não ver, esse é o principio básico desse sentimento, não vejo o que sou e o que posso, quero ser o que você é e o que você tem. O não ver está acompanhando, geralmente, da insegurança, da baixa estima, do medo e da crueldade.
Sim, da crueldade! O não ver impossibilita o crescimento e isso incita o “cego” a tentar ser ou ter o que é do outro das maneiras mais cruéis, tentando torná-lo invisível. Constuma-se dizer dos incompetentes – a inveja é sua arma.
Assim como cada galho, cada folha e cada flor, em uma árvore, têm sua função bem definida, nós temos o nosso lugar no universo.
Vale à pena iniciarmos uma jornada interna e descobrirmos onde está a nossa luz, voltar o nosso olhar para a nossa capacidade. Perder o medo e deixar de lado a insegurança. A descoberta de um eu possível é o caminho para a crença em nós e no outro.
A harmonia entre os seres é o caminho natural da humanidade.
Descubra você! Descubra o outro!
Veja você! Veja o outro!
Seja você!
Axé!