terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cartas de amor são ridículas?

Quem nunca escreveu uma carta de amor?
A modernidade nos impulsiona para a ideia da não existência do amor romântico, gentil e desprendido dos interesses. Hoje ama-se por diversas razões menos pela alegria que o amor proporciona. Quando falo de amor romântico não estou falando de Romeu e Julieta nem de Tristão e Isolda. Falo de um amor baseado no interesse pela pessoa, pela alma, pelo cheio, pela amizade, pelo companheirismo.. etc..
Pensando nesse amor um belo dia eu escrevi uma carta de amor ridícula . Antes pensei qual seria a melhor forma de escrever uma carta de amor que falasse do meu amor. Ou que tivesse a cara do meu amor.
Bem, vamos a formula que usei. 
Gosto de poesia e ele também, nada mais justo do que pegar uma palavrinha  ou frases emprestadas dos grandes mestres, e isso vocês verão nas aspas. A partir daí era só deixar o meu amor se declarar...

Começou assim, vou me explicar...

Mesmo tendo a uma quase certeza de que está carta será interpretada como ridícula... Esta é uma carta de amor. Sabe por quê?
“Todas as cartas de amor são ridículas. E não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.”

Resolvi dizer como eu estava me sentindo naquele momento...
Andei por aí triste, tristinha por entender que não era mais “uma menina como uma flor”. No entanto, de repente, mais do que de repente compreendi que é porque eu sou “uma menina como uma flor que cativei o seu coração... e lhe transformei em meu Constante e Fiel Cavalheiro"
Passei muito tempo de minha vida na “ante-sala do grande encontro (com o todo? o nada?).”
E novamente, de repente, mais do que de repente percebe-se que É a experiência de desencontros que ensina o valor dos raros encontros que a vida permite.”

Passei a falar como era o nosso amor, isso sob a minha perspectiva de relação... 

Sabe de que tipo de encontro estou falando????
Aquele que dá medo, insegurança, que deixa agente intranquilo??? Porque em meio a esse corre-corre desumano a que somos submetidos diariamente não existe espaço para encontros como esse: “Encontros verdadeiros são os que se realizam de ser para ser e não de inteligência para inteligência ou de interesse para interesse. Os encontros verdadeiros prescindem de palavras, eles realizam em cada pessoa, a parte delas que se sublimou, ficou pura, melhor, louca.”
É assim que vejo o nosso grande encontro!!!! E por acreditar nessa certeza é que serei sempre “uma menina com uma flor”, e jamais te deixarei sozinho.
Mas também, é por ser uma menina com uma flor, ou quem sabe como uma flor que sinto falta de quando se levanta “para me recolher em seu abraço”.
E por ter certeza do que sinto e como entendo esse sentimento é que “preciso de você do jeito que é sem te aprisionar, eu quero inteiro... Quantos vivem de mentiras dando a impressão que a sua certeza é a verdadeira...”
E ainda mais, tenho a certeza que amo “pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca amo pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.”
Por tudo isso e muito mais, amo, pois “ninguém consegue ser do jeito que o amor da minha vida é”.
E mesmo tendo a compreensão de que vai dizer que é só mais uma carta de amor ridícula, entenda.... nesses tempos onde o amor está fora de moda “Todas as palavras esdrúxulas, como os sentimentos esdrúxulos, são naturalmente ridículas”

E por fim digo...
Mais ainda sendo ridícula prefiro seguir te amando...

Amar é igual a falar a verdade, quanto mais melhor, seguir amando é mais digno do que morrer sem amor. Há quem diga que o amor está fora da moda, perdeu o lugar no corre-corre diário.
Mas quem esqueceu como é bom ver o pôr-do-do sol acompanhado, ouvir uma boa música, dormir de conchinha, ter alguém para rir das coisas ou rir de vocês mesmos, alguém para chorar.
Essas coisas que enriquecem o amor nunca saíram da moda. 
Amar faz bem a saúde, amem, sejam amados.
Amar é ser vivo!

P.s: Se quiserem entender a carta é só lerem os sublinhados.

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